“007: Sem Tempo Para Morrer” teve tempo suficiente para me conquistar.
Dirigido por: Cary Fukunaga
Ano de lançamento: 2021
Nota: 4 / 5
Onde assistir: apenas em aluguel digital.
Esperei um tanto quanto ansioso por esse filme, já que sou fã dessa versão do 007. O James Bond de Daniel Craig é diferente dos demais (pelo menos das poucas versões antigas que assisti). Ele carrega com sigo toda a essência caricata do personagem, mas ainda sim consegue entregar um James Bond original e que condiz com a atualidade.
A jornada que começou em “Cassino Royale” (2006) finalmente chega ao fim em “Sem Tempo Para Morrer” (2021) e, como era de se esperar, tudo sempre esteve conectado. O filme é uma continuação direta dos eventos de “Spectre” (2015), e conseguiu resolver todas as pendências da franquia, de forma muito linear e sem muitos rodeios.
Com um desfecho trágico, o filme honra as origens e os desenvolvimentos de seu protagonista maior, que sempre entregou o máximo de si, não só para fazer trabalho, mas também para proteger as pessoas com quem se importava, principalmente sua — recém-formada — família.
As sequências de ação do filme não são as mais mirabolantes da franquia (juro, nos filmes anteriores tivemos “piores”), mas todas casam muito bem com o desenvolvimento proposto pelo roteiro e com a carga dramática em relação premissa do filme (tem um plano sequência que eu tive que aplaudir quando acabou; o nível de desespero e entrega de Daniel Craig foram absurdos).
Em relação aos quesitos técnicos: a direção de fotografia entregou uma obra de arte visual, assim como a direção geral conseguiu unir roteiro, direção, coreografia e trilha sonora em um combo espetacular. Inclusive, a trilha sonora desse filme é MONSTRUOSA!!!! Hans Zimmer é simplesmente um dos maiores musicistas que nós temos (se não conhece, dá uma pesquisada) e Billie Eilish na canção original merece uma indicação no Oscar do ano que vem!!
Para mim, no que diz respeito à desenvolvimento de seus personagens, a franquia se consolidou de forma impecável, mesmo com seus altos e baixos. Não é um filme perfeito, mas faz jus a tudo que fora construído ao longo de seus 5 filmes. Um final triste, emocionante e coeso, que deixa a marca do James Bonde de Daniel Craig na história do cinema. Com certeza sentirei falta!